Últimas Notícias e Desenvolvimentos (Meados de 2025)
O programa de baterias de estado sólido da QuantumScape alcançou grandes marcos em 2025. No final de junho de 2025, a empresa anunciou a integração bem-sucedida de seu novo processo de fabricação do separador cerâmico “Cobra” na produção padrão quantumscape.com. O Cobra é um processo de fluxo contínuo e alta produtividade para a fabricação dos separadores cerâmicos patenteados da QuantumScape, proporcionando um aumento de cerca de 25× na velocidade de tratamento térmico e uma pegada de equipamentos dramaticamente menor em comparação com o processo anterior “Raptor” quantumscape.comquantumscape.com. O CEO da QuantumScape, Dr. Siva Sivaram, classificou o Cobra como uma “evolução radical na fabricação de separadores cerâmicos” que aumenta significativamente a produtividade e aproxima a tecnologia da comercialização quantumscape.com. A empresa alcançou essa importante meta de 2025 antes do previsto – o Cobra foi totalmente instalado e qualificado até o segundo trimestre de 2025 s29.q4cdn.com – permitindo à QuantumScape iniciar a ampliação da produção de suas células protótipo de próxima geração.
Esse avanço técnico impulsionou um novo entusiasmo entre os investidores. O preço das ações da QuantumScape disparou com a notícia, subindo de aproximadamente US$ 4,33 em 24 de junho para US$ 7,65 em 26 de junho de 2025 ir.quantumscape.com. No acumulado do ano, as ações registravam alta de cerca de 47% em meados de 2025, superando largamente o mercado mais amplo morningstar.com. Analistas observaram que o rali foi impulsionado pelo otimismo de que a QuantumScape está superando desafios de escala; no entanto, também alertaram que o caminho para a lucratividade ainda é longo ainvest.comainvest.com. No início de 2025, o Morgan Stanley chegou a reduzir seu preço-alvo de 12 meses para QS para US$ 3,00 (Underweight) em meio a incertezas quanto à comercialização marketscreener.com. O progresso recente, incluindo o lançamento do Cobra, melhorou um pouco o sentimento, mas as expectativas de Wall Street ainda variam amplamente – as projeções atuais de analistas vão de aproximadamente US$ 2,50 até US$ 8,00 ainvest.com, refletindo a perspectiva incerta.
Outros desenvolvimentos recentes incluem o aprofundamento do ecossistema de parceiros da QuantumScape. Em abril de 2025, a empresa anunciou uma colaboração estratégica com a Murata Manufacturing do Japão para apoiar a produção em grande escala dos separadores cerâmicos da QuantumScape quantumscape.comquantumscape.com. A Murata é líder mundial em cerâmicas avançadas e, ao combinar a expertise em manufatura de precisão da Murata com o novo processo Cobra da QuantumScape, a parceria busca acelerar a industrialização das baterias de estado sólido quantumscape.comquantumscape.com. Essa abordagem “leve em capital” – que aproveita fornecedores e parceiros de alto nível – é central para a estratégia de expansão da QuantumScape. Ela complementa o acordo histórico assinado com a subsidiária de baterias da Volkswagen, a PowerCo, em meados de 2024, pelo qual a PowerCo garantiu uma licença para produzir células baseadas na QuantumScape em escala de gigafábrica (até 40 GWh/ano, expansível para 80 GWh mediante o cumprimento de certos marcos) volkswagen-group.com. No início de 2024, a PowerCo da Volkswagen relatou que as células protótipo da QuantumScape “superaram significativamente os requisitos nos testes de amostra A,” destacando a promessa da tecnologia forbes.com. Segundo a QuantumScape, aquelas células iniciais de 24 camadas entregues a OEMs no final de 2022 apresentaram desempenho acima do esperado em testes de terceiros electrek.co. Todos esses desenvolvimentos sinalizam que a QuantumScape está avançando do sucesso em escala de laboratório para o limiar da validação no mundo real.
Histórico da Empresa e História da Fundação
A QuantumScape foi fundada em 2010 com a missão de criar uma bateria para veículos elétricos que não faz concessões quantumscape.com. A equipe fundadora reuniu o empreendedor Jagdeep Singh, o professor de Stanford Fritz Prinz e o cientista Tim Holme, unindo experiência em escala de tecnologia, ciência dos materiais e eletroquímica dcfmodeling.com. O apoio inicial veio de empresas de capital de risco (por exemplo, Kleiner Perkins e Khosla Ventures) e, em 2012, a QuantumScape já havia formado uma parceria crucial com a Volkswagen AG, que enxergou o potencial de sua pesquisa em baterias de estado sólido dcfmodeling.com. A colaboração e validação inicial da Volkswagen deram à tecnologia nascente uma rota para o mercado. Ao longo dos anos, a VW aprofundou seu investimento – por exemplo, investindo US$ 100 milhões em 2018 e mais US$ 200 milhões em 2020, tornando a Volkswagen a maior acionista da QuantumScape dcfmodeling.com. Esse apoio estratégico concedeu à QuantumScape tanto capital como um cliente âncora, ajudando a acelerar o P&D de suas baterias de próxima geração dcfmodeling.com.
Após uma década operando em modo sigiloso, a QuantumScape abriu capital em novembro de 2020 por meio de uma fusão reversa com uma SPAC (Kensington Capital Acquisition). O registro na NYSE (ticker: QS) arrecadou aproximadamente US$ 700 milhões em receitas brutas dcfmodeling.com, reforçando o balanço da empresa para financiar o desenvolvimento de produtos e a fabricação piloto. As ações inicialmente dispararam no clima de euforia do mercado de veículos elétricos de 2020 – atingindo um recorde histórico de US$ 132,73 em dezembro de 2020 – mas recuaram posteriormente à medida que a realidade dos cronogramas de desenvolvimento de vários anos se impôs tradingview.com. Em abril de 2025, as ações da QS atingiram uma mínima histórica em torno de US$ 3,40 tradingview.com antes de se recuperarem com os avanços recentes. A trajetória da QuantumScape, de um spin-off da Universidade de Stanford em 2010 a uma inovadora de baterias de capital aberto, tem sido marcada por apostas tecnológicas ousadas e fortes parcerias estratégicas.
Fundadores e Liderança: O cofundador Jagdeep Singh liderou a QuantumScape como CEO durante a maior parte de sua história, supervisionando os marcos de P&D e a estreia de alto perfil via SPAC. No início de 2024, enquanto a empresa fazia a transição para uma fase de execução em engenharia e manufatura, a QuantumScape nomeou Dr. Siva Sivaram como o novo CEO marketscreener.comm.facebook.com. Dr. Sivaram é um veterano da indústria de semicondutores (anteriormente executivo na Western Digital e SanDisk) com ampla experiência em produção em grande escala. Jagdeep Singh assumiu o cargo de Presidente Executivo e continua ativamente envolvido na orientação da estratégia de longo prazo marketscreener.comm.facebook.com. A liderança técnica é comandada pelo Dr. Tim Holme, cofundador e CTO, que supervisiona o desenvolvimento da tecnologia central da QuantumScape desde 2011 quantumscape.com. Outros executivos-chave incluem Kevin Hettrich (CFO desde 2018) quantumscape.com e Dr. Mohit Singh (Chief Development Officer) quantumscape.com, ambos com longa trajetória na empresa, bem como Dr. Luca Fasoli que ingressou como COO em 2025 trazendo mais de 20 anos de expertise em manufatura da indústria de memória flash quantumscape.comquantumscape.com. Juntos, a equipe de liderança mistura os cientistas visionários originais com executivos experientes em operações – uma combinação voltada para transformar as inovações laboratoriais da QuantumScape em realidade comercial.
Perspectiva Futura e Conclusão
À medida que a QuantumScape entra na segunda metade de 2025, o foco está mudando de provar a ciência para executar em engenharia e manufatura. Os próximos 12 a 24 meses serão cruciais. O roteiro da QuantumScape prevê a entrega de baterias B-sample (“QSE-5 B1”) em 2025, que passarão por testes de campo em veículos reais em 2026 (inicialmente com a PowerCo da Volkswagen) ainvest.coms29.q4cdn.com. Se esses testes demonstrarem as vantagens prometidas – alta densidade energética, carregamento rápido, longa vida útil e segurança – isso marcaria a primeira validação real de baterias de estado sólido em um ambiente automotivo. A Volkswagen indicou que planeja colocar as células da QuantumScape em uma frota piloto ou em um modelo de produção limitada, assim que forem comprovadas, potencialmente já em 2026–2027 ainvest.com. Isso sugere que a comercialização (início da produção) pode ocorrer por volta de 2027 para o primeiro modelo de veículo elétrico de estado sólido da Volkswagen, com o aumento do volume previsto para 2028. Na verdade, a primeira linha de gigafábrica de estado sólido da PowerCo (sob licença da QS) está mirando produção já em 2028, com capacidade de 40 GWh, podendo expandir para 80 GWh posteriormente volkswagen-group.combatterytechonline.com.
Para a QuantumScape, o cronograma de comercialização da tecnologia parece mais ou menos o seguinte: concluir os testes da amostra B em 2026 → entrar na qualificação da amostra C em 2027 (projeto final para produção, certificações regulatórias, etc.) → iniciar a produção em massa até 2028. Esse cronograma está alinhado com o que muitos fabricantes de automóveis (Toyota, GM, BMW, etc.) também estão planejando para seus programas de estado sólido (início da produção no final dos anos 2020). Vale notar que alguns concorrentes pretendem se adiantar: SES e ProLogium sugeriram produção comercial em pequena escala em 2025–26, e a Toyota espera lançar uma bateria híbrida de estado sólido limitada antes de 2027. No entanto, esses podem ser passos intermediários; uma ampla introdução do estado sólido no setor automotivo geralmente é esperada para 2028-2030, o que está de acordo com o plano da QuantumScape. Uma análise previu que, se a QuantumScape “conseguir comercializar com sucesso o QSC5 até 2026, poderá dominar o mercado de baterias automotivas” nos anos subsequentes ainvest.com – esse é o prêmio que a QuantumScape está de olho. Conseguir alguns anos de vantagem em relação aos concorrentes pode permitir à empresa garantir grandes clientes e coletar royalties de licenciamento como padrão da indústria.
O potencial de crescimento para a QuantumScape é enorme, se tudo correr bem. Como um cenário aproximado: até 2030, se o mercado de baterias para veículos elétricos for em torno de US$ 200 bilhões por ano, e digamos que 10% dos novos EVs usem baterias de estado sólido até lá, isso significa uma fatia de mercado de US$ 20 bilhões. Se a tecnologia da QuantumScape impulsionar até um quarto desses casos (por meio de licenças ou vendas diretas), a empresa poderia faturar muitos bilhões em receita (incluindo royalties) com altas margens, dado o valor agregado de sua propriedade intelectual. Além disso, as baterias de estado sólido podem expandir o mercado endereçável – possibilitando novas aplicações como aeronaves elétricas ou armazenamento de rede de longa duração, com as quais o lítio-íon atual tem dificuldades. As células da QuantumScape, por exemplo, poderiam ser usadas inicialmente em modelos de EV de luxo (onde o custo não é uma barreira), e depois chegar aos modelos populares. O outro lado é que essas projeções otimistas dependem de uma execução quase perfeita e da adoção externa. Os riscos permanecem significativos:
Risco tecnológico: Podem surgir problemas ao ampliar a produção do separador ou das camadas da célula. Por exemplo, garantir que cada uma das 24 camadas de uma célula funcione de forma uniforme não é trivial. Um fracasso em atingir as metas de desempenho ou durabilidade em testes do mundo real seria um grande revés. A QuantumScape também deve melhorar continuamente o custo e o rendimento (o processo Cobra precisa entregar os ganhos de eficiência esperados). Qualquer contratempo – por exemplo, o Cobra não atingindo as metas de rendimento, ou dificuldades para integrar as células nos sistemas de packs – pode atrasar a comercialização. Como os analistas observaram, “aumentar a produtividade do Cobra sem comprometer o rendimento é inegociável”ainvest.comainvest.com para o sucesso da QuantumScape.
Risco Competitivo: O cenário competitivo só tende a se intensificar. Quando as células da QuantumScape estiverem entrando em produção, concorrentes como Solid Power, Toyota, CATL, Samsung e SES também poderão estar no mercado (ou muito próximos disso). Existe o risco de uma tecnologia alternativa se mostrar igual ou superior – por exemplo, um eletrólito sólido diferente que seja mais fácil de fabricar, ou uma abordagem híbrida que atinja desempenho semelhante com menos dificuldades de fabricação. A vantagem da QuantumScape é sua vantagem inicial e credibilidade nos dados, mas ela precisará manter a liderança em desempenho (por exemplo, densidade de energia, vida útil dos ciclos) para justificar seu prêmio. Se um concorrente fechar contrato com vários OEMs ou demonstrar uma bateria de estado sólido sem o envolvimento da QuantumScape, a QS poderá perder participação de mercado. A execução dos concorrentes é um fator fora do controle da QS – por exemplo, se a Toyota avançar repentinamente até 2026 com uma célula pronta para produção, isso diminuiria o ganho extraordinário da QuantumScape. No entanto, o campo é amplo e mais de um vencedor pode existir, dado o quão grande é a demanda por veículos elétricos. A QuantumScape está se posicionando para licenciar de forma ampla, potencialmente até mesmo para empresas que competem com a VW (a licença da VW não é exclusiva, o que significa que a QS pode trabalhar com outras).
Risco Financeiro e de Mercado: Embora a QuantumScape esteja bem financiada por enquanto, a comercialização total pode exigir capital adicional ou parcerias. Se as despesas aumentarem (talvez para apoiar um segundo programa de parceiros ou para construir uma pequena produção interna para mercados não automotivos), a QuantumScape poderá precisar captar recursos. Dependendo das condições de mercado, isso pode diluir os acionistas. Por outro lado, fatores macroeconômicos (taxas de juros, preços de commodities, etc.) podem influenciar o ritmo de adoção dos EVs e dos investimentos em baterias. Uma queda nas vendas de veículos elétricos ou uma restrição no financiamento de risco pode desacelerar o progresso da QuantumScape ou tornar os investidores menos pacientes. Até agora, o desenvolvimento de baterias tem recebido forte apoio governamental e corporativo, o que provavelmente continuará devido às metas climáticas, mas é um fator a ser observado.
Apesar desses desafios, a perspectiva geral para a QuantumScape é cautelosamente otimista. A empresa tem cumprido consistentemente os marcos técnicos que estabeleceu (camada única, multicamadas, envio de protótipos, aprimoramento de processos de fabricação), o que dá credibilidade à sua trajetória. Conquistou parceiros e talentos de alto nível, e ainda mantém uma posição de liderança em um campo notoriamente difícil de ser desbravado. Se a QuantumScape conseguir entregar seus protótipos B no prazo e demonstrá-los em veículos até 2026, isso reduzirá muito os riscos e poderá posicionar a empresa como fornecedora ou licenciadora de destaque justamente quando a era do estado sólido estiver surgindo. Por outro lado, qualquer atraso significativo (por exemplo, testes de campo ficando para 2027 ou além) pode abalar a confiança e permitir que outros alcancem.
Do ponto de vista da indústria, 2025–2030 provavelmente verá as primeiras baterias de estado sólido comerciais entrando em EVs de alto padrão e, em seguida, melhorando rapidamente. Isso é análogo ao que aconteceu com as baterias de íon-lítio, inicialmente caras e de nicho nos anos 1990, antes de dominarem eletrônicos e agora veículos. A tecnologia de estado sólido promete elevar o desempenho dos EVs a um novo patamar – por exemplo, EVs acessíveis com autonomia acima de 800 km, recargas completas em 10 minutos e praticamente risco zero de incêndio. Isso, por sua vez, pode acelerar a adoção dos EVs, já que aborda as preocupações restantes dos consumidores sobre autonomia e recarga, e simplifica a engenharia dos pacotes de baterias (sem necessidade de sistemas de resfriamento para evitar fuga térmica, etc.).
Para a indústria de baterias de estado sólido em geral, as implicações são profundas. Isso pode abalar a atual cadeia de suprimentos de íons de lítio, reduzindo a dependência de materiais como grafite e solventes de eletrólito líquido (mas aumentando a demanda por lítio e cátodos de alto teor de níquel, pelo menos até que surjam alternativas). Também pode alterar a ordem competitiva: novos vencedores como QuantumScape ou Solid Power podem ganhar espaço à custa dos fabricantes de baterias tradicionais caso não se adaptem. No entanto, muitos desses incumbentes também estão investindo em baterias de estado sólido, portanto podemos ver uma convergência ou aquisições (por exemplo, pode-se imaginar uma grande empresa de baterias licenciando a tecnologia da QuantumScape em vez de reinventá-la).
Em conclusão, a QuantumScape em meados de 2025 está em um ponto de inflexão – ela avançou além da pura pesquisa e desenvolvimento para o campo da engenharia de produto e de processos, com a comercialização no horizonte. As conquistas recentes da empresa, desde a integração do processo Cobra até parcerias com VW e Murata, construíram a credibilidade de que as baterias de estado sólido não são apenas ficção científica, mas uma realidade iminente. A capacidade da QuantumScape de manter seu ímpeto, cumprir seu cronograma ambicioso e navegar pelo ambiente competitivo determinará se ela poderá realmente revolucionar o armazenamento de energia. Se for bem-sucedida, as baterias de estado sólido da QuantumScape podem se tornar uma tecnologia fundamental para a próxima geração de veículos elétricos e além, assim como a célula de íons de lítio foi nos últimos 30 anos. Como a análise da AInvest resumiu bem: “A tecnologia de baterias de estado sólido da QuantumScape possui potencial transformador, mas a execução ainda não foi comprovada… A liquidez da empresa e suas parcerias lhe dão tempo, mas o caminho para a lucratividade está repleto de armadilhas técnicas, financeiras e competitivas”ainvest.comainvest.com. Os próximos anos revelarão se a QuantumScape conseguirá transformar sua vantagem inicial em domínio duradouro ou se será apenas uma entre diversos players na era do estado sólido. De qualquer forma, a busca pela “bateria do cálice sagrado” está bem encaminhada, e a QuantumScape se posicionou firmemente na vanguarda desta revolução elétrica.
Fontes:
Comunicado de imprensa da QuantumScape, “QuantumScape alcança grande marco: Processo do separador Cobra entra na produção de base,” 24 de junho de 2025 quantumscape.comquantumscape.com.
Comunicado de imprensa do Grupo Volkswagen, “PowerCo e QuantumScape anunciam acordo histórico para industrializar baterias de estado sólido,” 11 de julho de 2024 volkswagen-group.comvolkswagen-group.com.
AInvest News (gerado por IA), “Avanço do estado sólido da QuantumScape: pavimentando o caminho para a dominação dos VEs,” 26 de junho de 2025 ainvest.comainvest.com.
AInvest News, “QuantumScape: Surfando na onda do estado sólido ou andando em círculos em um mercado em baixa?” 10 de junho de 2025 ainvest.comainvest.com.
Electrek, “QuantumScape entrega protótipos Alpha-2 de estado sólido para montadoras de VEs, aproximando-se da comercialização,” 27 de março de 2024 electrek.coelectrek.co.
Investopedia, “Ações da QuantumScape disparam após acordo de bateria para VEs com a PowerCo da Volkswagen,” 11 de julho de 2024 investopedia.cominvestopedia.com.
Forbes (Great Speculations), “QuantumScape: O que está acontecendo com a ação QS?” 25 de jun de 2025 (trecho via Bing) forbes.com.
Seeking Alpha (trecho), “Solid Power vs. QuantumScape enquanto baterias de estado sólido estão prestes a …,” 2023 seekingalpha.com.
Morningstar/MarketWatch, “A ação da QuantumScape ainda está disparando, mas cuidado ao comprar,” jun 2025 morningstar.com.
Yahoo Finance, “Por que as ações da QuantumScape dispararam 35% hoje,” 26 de jun de 2025 morningstar.com.
Comunicado de imprensa da QuantumScape, “QuantumScape e Murata anunciam estrutura para colaboração em cerâmicas,” 23 de abr de 2025 quantumscape.comquantumscape.com.
Comunicado de imprensa da QuantumScape, “QuantumScape Inicia Entregas de Protótipos Alpha-2 para Clientes,” 27 de março de 2024 quantumscape.comquantumscape.com.
Tecnologia Principal e Propriedade Intelectual
No núcleo da bateria da QuantumScape está um design proprietário de lítio-metal em estado sólido construído em torno de um separador eletrolítico cerâmico patenteado. Em uma célula de íon-lítio convencional, um separador de polímero poroso e um eletrólito líquido permitem o trânsito dos íons de lítio entre um ânodo à base de carbono e um cátodo. A inovação da QuantumScape é substituir o eletrólito líquido inflamável e o separador de polímero por uma membrana de eletrólito cerâmico sólido quantumscape.com. Este separador cerâmico não é inflamável e é quimicamente estável, melhorando drasticamente a segurança ao eliminar o risco de incêndios por fuga térmica quantumscape.com.Criticamente, o eletrólito cerâmico da QuantumScape é capaz de viabilizar um puro ânodo de lítio-metal. Na verdade, a célula é fabricada “sem ânodo”, ou seja, inicialmente não há eletrodo de ânodo – em vez disso, uma fina camada de lítio metálico puro é formada in situ sobre o coletor de corrente durante a primeira carga insights.greyb.cominsights.greyb.com. Essa inovação de design simplifica a arquitetura da célula e desbloqueia grandes benefícios de desempenho. Lítio-metal é o metal mais leve e possui uma capacidade teórica extremamente alta; ao utilizá-lo no lugar de um ânodo tradicional de grafite ou silício, a densidade energética pode aumentar em até 50% em termos de Wh/kg e Wh/L insights.greyb.cominsights.greyb.com. Além disso, como não há material hospedeiro do ânodo para o qual os íons de lítio precisem se difundir (como ocorre com o grafite), as baterias podem ser carregadas muito mais rapidamente – a QuantumScape demonstrou a capacidade de carregar até 80% em apenas 15 minutos em células protótipo investorplace.com. O separador cerâmico sólido também atua como uma barreira antifogo entre o ânodo e o cátodo, prevenindo curtos por dendritos e possibilitando uma longa vida útil dos ciclos. A QuantumScape relatou células que mantêm mais de 95% da capacidade após 1.000 ciclos (equivalente a ~500.000 km de condução) em testes ainvest.com.
Outra peça fundamental da propriedade intelectual é o método da QuantumScape para processar a cerâmica em escala. A empresa possui um portfólio de patentes em crescimento (mais de 100 patentes concedidas nos EUA e centenas globalmente) abrangendo suas inovações em materiais e design de células insights.greyb.cominsights.greyb.com. Suas patentes abrangem a composição do eletrólito sólido, a arquitetura das células e as técnicas de fabricação. Por exemplo, a QuantumScape detém patentes de cátodos à base de sulfeto proprietários e eletrólitos de óxido que interagem com o ânodo de lítio metálico patents.justia.compatents.justia.com. A arquitetura de célula sem ânodo (onde o lítio é depositado do lado do cátodo no coletor de corrente do ânodo) é uma patente fundamental que foi citada por pares da indústria como Toyota, Samsung e Ford em seus próprios registros insights.greyb.cominsights.greyb.com. Isso sinaliza que o trabalho da QuantumScape está influenciando o campo mais amplo das baterias de estado sólido. Até meados de 2025, os principais citadores das patentes da QuantumScape incluem Toyota (com uma dúzia de patentes relacionadas), Samsung (8) e Ford (7), entre outros insights.greyb.cominsights.greyb.com – um testemunho da relevância de sua tecnologia.
Resumindo, a tecnologia central da QuantumScape compõe-se de uma célula multicamadas de estado sólido que usa um separador cerâmico denso para permitir um ânodo de lítio metálico. Isso resulta em uma bateria com maior densidade de energia, carregamento mais rápido e maior segurança em comparação com as células de íon-lítio atuais insights.greyb.cominsights.greyb.com. O fosso de propriedade intelectual da empresa – da química de materiais à engenharia de células – foi construído ao longo de uma década de P&D e é um ativo fundamental enquanto concorrentes correm em direção a designs de estado sólido similares.
Marcos de Desenvolvimento de Produto e Parcerias
O caminho da QuantumScape desde o conceito até o protótipo funcional envolveu uma série de marcos técnicos, cada um representando um nível mais alto de maturidade das baterias. Por volta de 2018–2019, a empresa provou a viabilidade fundamental de sua célula de estado sólido de camada única, publicando dados que mostraram ciclos estáveis com um ânodo de lítio metálico em temperatura ambiente – uma conquista que atraiu atenção significativa dcfmodeling.com. Em 2020, a QuantumScape demonstrou publicamente uma célula de camada única que podia ser carregada até 80% em 15 minutos e durar centenas de ciclos, abordando pontos críticos das baterias de veículos elétricos (tempo de carregamento, densidade de energia e vida útil) investorplace.com. Esse desempenho inovador, revelado pela primeira vez em dezembro de 2020, causou grande impacto na indústria de veículos elétricos e impulsionou a estreia das ações da QuantumScape no final de 2020 dcfmodeling.com.
O próximo desafio foi empilhar múltiplas camadas para aumentar a capacidade da bateria mantendo o desempenho. Ao longo de 2021, a empresa avançou para uma célula de 4 camadas e depois para uma de 10 camadas. No início de 2022, ela já havia construído protótipos de 16 camadas em seus laboratórios electrek.co. No segundo trimestre de 2022, a QuantumScape anunciou que havia desenvolvido com sucesso uma célula de estado sólido de 24 camadas (seu protótipo “A0”), atingindo a contagem de camadas planejada para uma bateria em escala comercial electrek.coelectrek.co. Essa célula A0 de 24 camadas incorporou o separador cerâmico proprietário da QuantumScape em uma célula de grande formato capaz de alimentar um veículo. Ela marcou a transição de demonstrações em escala de laboratório para um protótipo de célula em tamanho real adequado para testes externos.
No final de 2022, ocorreu um marco importante: A QuantumScape entregou suas primeiras células protótipo de 24 camadas para montadoras automotivas para testeselectrek.co. A Volkswagen, sendo o parceiro mais próximo da QuantumScape, provavelmente estava entre os destinatários; a empresa também sugeriu a participação de outras montadoras (uma delas descrita apenas como um “grande OEM global”). No primeiro trimestre de 2023, pelo menos uma OEM havia concluído os testes desses protótipos A0, com resultados supostamente “melhores do que o esperado,” superando os requisitos de desempenho para aquela fase electrek.co. Essa validação externa foi significativa – demonstrou que as células multicamadas da QuantumScape não funcionavam apenas em seu próprio laboratório, mas também podiam impressionar uma montadora de alto nível em testes independentes. A subsidiária de baterias da Volkswagen, PowerCo, confirmou no início de 2024 que as células A-amostra da QuantumScape haviam superado as metas da VW em áreas como densidade energética e vida útil dos ciclos forbes.com. Isso deu à Volkswagen confiança para aprofundar a parceria e avançar para a próxima fase de desenvolvimento.
Em julho de 2024, a QuantumScape e a PowerCo da VW anunciaram um acordo histórico para industrializar a tecnologia. O acordo substituiu um conceito anterior de joint venture por um modelo de licenciamento: a PowerCo obteve uma licença não exclusiva para produzir até 40 GWh das células de estado sólido da QuantumScape anualmente (expansível para 80 GWh) assim que marcos técnicos e comerciais forem alcançados volkswagen-group.com. Para contextualizar, 80 GWh por ano equivalem a, aproximadamente, baterias suficientes para 1 milhão de veículos elétricos volkswagen-group.com. Sob esta parceria, uma equipe conjunta QuantumScape–PowerCo está trabalhando para ampliar o design das células e o processo de fabricação, visando a produção em série para um veículo da Volkswagen na segunda metade da década volkswagen-group.comvolkswagen-group.com. O compromisso da VW – e o investimento substancial (mais de US$ 300 milhões no total até o momento) – destaca sua crença no potencial da QuantumScape. “Estamos testando as células protótipo da QuantumScape há anos e esperamos trazer essa tecnologia para a produção em série,” disse Frank Blome, CEO da PowerCo, acrescentando que a tecnologia da QuantumScape está prestes a entrar em um estágio decisivo no caminho para a adoção comercial dos veículos elétricos volkswagen-group.com. Essa abordagem colaborativa permite que a QuantumScape foque em P&D e prototipagem, enquanto aproveita a expertise da VW em manufatura em massa e escala.
Ao longo de 2023–2024, a QuantumScape vem iterando sobre seus protótipos em preparação para o lançamento comercial. Após as amostras A0, a empresa construiu um protótipo de segunda geração chamado “Alpha-2”. Em março de 2024, a QuantumScape começou a enviar essas células Alpha-2 para parceiros montadoras – alcançando um de seus principais objetivos de 2024 antes do previsto quantumscape.comquantumscape.com. Interessantemente, o Alpha-2 é uma célula de 6 camadas (menos camadas do que a A0 de 24 camadas), mas graças a melhorias de design, ela na verdade possui maior energia por volume do que a A0 quantumscape.com. Isso foi possível usando cátodos de maior carga (mais material ativo), embalagem mais compacta e componentes mais finos para aumentar a densidade de energia da célula quantumscape.com. Em outras palavras, a QuantumScape usou o programa Alpha para otimizar a arquitetura e os componentes da célula antes de aumentar novamente para 24 camadas. As células Alpha-2 incluem todos os principais recursos do produto comercial planejado (célula de bateria QSE-5) e servem como um passo intermediário para que os clientes avaliem desempenho e confiabilidade em formato de protótipo quantumscape.comquantumscape.com.
A QuantumScape relata que o feedback inicial dos testes Alpha-2 é positivo, e essas unidades continuarão a ser entregues ao longo de 2024 para testes automotivos aprofundados quantumscape.comquantumscape.com. Durante esse período, a QuantumScape tem simultaneamente construído sua linha de produção pré-piloto “QS-0” em San Jose e aprimorado os processos de fabricação. O processo Raptor (uma ferramenta anterior de produção de separadores em alta velocidade) foi utilizado para produzir separadores para a série Alpha, e pequenos lotes dos primeiros protótipos QSE-5 B0 de 24 camadas estão previstos para serem construídos até o final de 2024 electrek.co. Até 2025, com o novo processo Cobra já em funcionamento, a QuantumScape pretende aumentar a produção de protótipos B1 – estas são as baterias que serão usadas em testes de campo automotivos em 2026 com a Volkswagen e possivelmente outros OEMs ainvest.coms29.q4cdn.com. De fato, os objetivos da QuantumScape para 2025 incluem entregar as primeiras células amostra QSE-5 B1 aos clientes dentro do cronograma s29.q4cdn.com. Testes bem-sucedidos das baterias amostra B em estradas em 2026 abririam caminho para a qualificação comercial das amostras C e início da produção (SOP) por volta de 2027, com base nos ciclos típicos de desenvolvimento automotivo.
Em termos de parcerias comerciais, a Volkswagen continua sendo o pilar central (com uma segunda montadora automotiva não nomeada também envolvida em acordos de desenvolvimento, conforme indicado em cartas aos acionistas s29.q4cdn.com). O modelo de negócios da QuantumScape é escalar por meio de parcerias em vez de construir suas próprias gigafábricas – uma estratégia “fab-less” consciente. O acordo VW/PowerCo é o modelo: a QuantumScape licencia sua tecnologia e fornece know-how, enquanto o parceiro investe em capacidade de fabricação em larga escala. Essa abordagem visa ser eficiente em termos de capital e adaptável geograficamente (cada parceiro pode construir capacidade em sua região). Além da Volkswagen, espera-se que a QuantumScape busque acordos semelhantes com outras montadoras globais. A empresa mencionou que está trabalhando com “outros clientes OEM automotivos” (nomes não divulgados devido a NDAs) para expandir seu ecossistema s29.q4cdn.coms29.q4cdn.com.
No lado da cadeia de suprimentos, parcerias como a colaboração com a Murata para material separador cerâmico, e relações com fornecedores de equipamentos, são fundamentais para o plano de entrada no mercado da QuantumScape quantumscape.comquantumscape.com. A QuantumScape está efetivamente construindo uma coalizão de líderes da indústria: montadoras automotivas, fabricantes de baterias, fornecedores de materiais e fabricantes terceirizados, coordenados para levar a tecnologia de estado sólido do laboratório à produção em massa quantumscape.com. Essa estratégia baseada em rede reduz riscos e custos iniciais para a QuantumScape, embora também signifique ceder parte do controle aos parceiros. Como observou o Dr. Siva Sivaram, “construir um ecossistema global é um pilar da nossa estratégia” – a empresa busca aproveitar os pontos fortes dos parceiros em fabricação enquanto se concentra na inovação quantumscape.comquantumscape.com.
Estratégia de Negócios e Equipe de Liderança
A atual estratégia de negócios da QuantumScape pode ser caracterizada como uma plataforma tecnológica com um modelo de licenciamento e parcerias. Em vez de se tornar uma fabricante convencional de baterias com gigafábricas em seu balanço, a QuantumScape optou por uma abordagem leve em capital. O papel da empresa é desenvolver e comprovar a tecnologia (materiais, designs de células e processos), garantir a propriedade intelectual e, em seguida, fazer parcerias com fabricantes estabelecidos para a produção em larga escala. Essa estratégia é evidente no acordo com a PowerCo: em vez de a QuantumScape construir uma gigafábrica em conjunto com a VW (como previa um plano de joint venture anterior), o novo modelo licencia a tecnologia para a PowerCo da VW, que irá investir em fábricas e equipamentos volkswagen-group.comvolkswagen-group.com. A QuantumScape recebe taxas de licenciamento antecipadas, pagamentos por marcos e (eventualmente) royalties por cada bateria produzida, sem arcar com todo o custo das fábricas. O lado positivo é que isso permite uma implantação global mais rápida (os parceiros podem construir capacidade na Europa, Ásia, etc.) e evita diluir o caixa da QuantumScape com um grande investimento em capital. A possível desvantagem é que a QuantumScape dependerá fortemente da execução de seus parceiros e poderá abrir mão de parte da margem de fabricação. No entanto, dada a imensa demanda por baterias para veículos elétricos, pode haver mais valor em escalar rapidamente por meio de parceiros do que tentar fazê-lo sozinha.
Outro pilar da estratégia é manter uma liderança tecnológica através de inovação contínua. A QuantumScape enfatiza que não é uma empresa de química de produto único – está desenvolvendo uma plataforma que verá melhorias adicionais em densidade de energia, custo e eficiência de fabricação ao longo do tempo ainvest.comainvest.com. Por exemplo, após as células QSE-5 de primeira geração, a empresa espera iterar no separador e design da célula (futuras iterações “Cobra”, novas composições de católito, etc.) para continuar avançando na performance. Isso reflete a trajetória das baterias de íon-lítio, que tiveram ganhos constantes ao longo de 30 anos. A QuantumScape quer ser a líder clara em baterias de estado sólido, para que OEMs e fabricantes de baterias vejam o licenciamento de sua tecnologia como o caminho mais rápido para um produto competitivo. Em sua atualização estratégica do 1º trimestre de 2025, a empresa observou que seu forte balanço patrimonial e vantagem técnica “nos diferenciam como o claro líder em estado sólido” e que pretende “expandir essa vantagem à medida que a concorrência tenta alcançar.”ainvest.comainvest.com.
Do ponto de vista de liderança e organização, a QuantumScape tem reforçado seu quadro com expertise em manufatura para complementar seu núcleo científico. A nomeação de Siva Sivaram como CEO (efetiva a partir de fevereiro de 2024) foi uma medida deliberada para trazer alguém experiente em escalar tecnologias avançadas para produção marketscreener.comm.facebook.com. Durante seu período na Western Digital, Sivaram supervisionou o aumento da produção de produtos complexos de memória e armazenamento – experiência que se traduz bem na escala da tecnologia de baterias. Enquanto isso, o cofundador Jagdeep Singh permanece como Presidente do Conselho, proporcionando continuidade de visão e relacionamentos (notavelmente com a VW e investidores-chave) marketscreener.comm.facebook.com. Jagdeep ainda está fortemente associado à identidade da empresa e costuma falar sobre sua estratégia de longo prazo, mas a execução do dia a dia agora é liderada por Sivaram e pela equipe executiva. CTO Tim Holme continua liderando o desenvolvimento tecnológico e foi a face técnica nos eventos Battery Showcase da QuantumScape e nos comunicados de dados. CFO Kevin Hettrich, com sua experiência em finanças e operações na QuantumScape, não só gerencia as finanças como também lidera as operações comerciais – refletindo a estrutura organizacional enxuta onde executivos acumulam múltiplas funções quantumscape.com. Além disso, como mencionado, COO Dr. Luca Fasoli (ingressou em 2025) traz profundo conhecimento na transição de inovações do laboratório para a fábrica, dado seu histórico com memória flash 3D NAND na SanDisk/WDC quantumscape.comquantumscape.com.
O Conselho de Administração também conta com figuras notáveis, incluindo representantes da Volkswagen. Até meados de 2024, Frank Blome, da VW, fazia parte do conselho (ele saiu para evitar conflito quando a PowerCo se tornou uma licenciada) volkswagen-group.com. Seu papel ressaltava o rigoroso acompanhamento da VW. Daqui para frente, a QuantumScape provavelmente nomeará um novo membro do conselho apoiado pela VW à medida que a parceria avança. O conselho também inclui diretores independentes com experiência nos setores automobilístico e de energia, com o objetivo de orientar a empresa diante das complexidades da indústria de veículos elétricos. De modo geral, a liderança da QuantumScape é agora uma combinação dos fundadores visionários e operadores experientes do setor – alinhando a estrutura da empresa com sua próxima fase: produção em grande escala e lançamento comercial.
Análise de Mercado e Concorrência
Oportunidade de Mercado: A corrida pela comercialização das baterias de estado sólido é impulsionada por um mercado endereçável massivo e em rápido crescimento. O mercado global de baterias para veículos elétricos deve atingir mais de US$ 200 bilhões até 2030 à medida que a adoção de veículos elétricos dispara ainvest.com. Espera-se que as baterias de estado sólido conquistem uma fatia significativa desse mercado no final da década de 2020 e além, graças à sua densidade de energia superior, capacidade de recarga rápida e segurança. A própria QuantumScape cita um “mercado de US$ 500 bilhões” a longo prazo ao considerar todas as possíveis aplicações da tecnologia de estado sólido ainvest.comainvest.com (incluindo não apenas veículos elétricos de passageiros, mas possivelmente armazenamento estacionário, aviação eVTOL, etc.). No curto prazo, as montadoras buscam baterias que possam proporcionar autonomias superiores a 800 km e recarga em 10 minutos, o que pode ser um divisor de águas para a adoção em massa de veículos elétricosainvest.comainvest.com. As baterias de estado sólido também prometem maior segurança (incombustíveis), o que pode simplificar o design dos módulos e reduzir peso. Essas vantagens levaram a uma intensa competição entre startups e gigantes da indústria para serem as primeiras a lançar um produto viável no mercado.
Principais Concorrentes: A QuantumScape é amplamente vista como uma das líderes entre os desenvolvedores puros de baterias de estado sólido, mas enfrenta concorrentes formidáveis em diversas frentes:
Solid Power (NASDAQ: SLDP): Assim como a QuantumScape, a Solid Power é uma empresa norte-americana focada exclusivamente em baterias de estado sólido. No entanto, a abordagem da Solid Power utiliza um eletrolito sólido à base de sulfeto e mantém um ânodo de alto teor de silício em seus projetos iniciais (com planos para metal de lítio posteriormente). A empresa conta com o apoio da Ford e da BMW, que investiram e colaboraram com protótipos. A Solid Power já possui uma linha de produção piloto que fabrica células de estado sólido de 20 Ah e entregou células protótipo para testes à BMW. Seu cronograma prevê início da produção por volta de 2026, aproximadamente um ano atrás do cronograma da QuantumScape seekingalpha.com. Vale destacar que, no final de 2022, a Solid Power optou por licenciar sua tecnologia de eletrólitos para a BMW, permitindo que a BMW construa suas próprias células protótipo – uma estratégia semelhante ao modelo de parcerias da QuantumScape. No início de 2025, a Solid Power tinha cerca de US$ 120 milhões em caixa (bem menos que a QS) e ainda não tinha receita, sendo vista por analistas como uma empresa de menor escala e maior risco. Embora a tecnologia da Solid Power tenha mostrado potencial (a capacidade de usar a manufatura roll-to-roll existente para seu eletrólito de sulfeto é um ponto positivo), as células da QuantumScape geralmente demonstraram maior densidade de energia e a eliminação do ânodo, o que pode dar vantagem à QS caso cumpra o cronograma.
SES AI (NYSE: SES): A SES (um spin-off do MIT, anteriormente “SolidEnergy Systems”) está desenvolvendo baterias “híbridas” de lítio-metal que utilizam um eletrólito líquido com um revestimento polimérico proprietário – basicamente, uma abordagem semissólida. A SES possui parcerias com GM, Hyundai, Honda, entre outras, e, assim como a QuantumScape, entregou amostras iniciais de células de lítio-metal de 100 Ah para montadoras. A SES chama seus protótipos de “Apollo” e pretende iniciar a produção comercial por volta de 2025–2026 para células automotivas investing.cominvesting.com. Uma diferença importante é que as células da SES não são totalmente de estado sólido (ainda contêm eletrólito líquido), o que pode facilitar a comercialização inicial, embora provavelmente proporcione melhorias de segurança menores que o design totalmente sólido da QuantumScape. A SES relatou alguma receita de acordos conjuntos de desenvolvimento no início de 2025 e está promovendo eletrólitos projetados por IA. No cenário competitivo, a SES é frequentemente citada como um rival “unicórnio” no espaço de baterias de estado sólido/próxima geração, embora sua abordagem híbrida signifique que ela fica entre as atuais baterias de íon-lítio e as verdadeiramente de estado sólido. A célula totalmente sólida da QuantumScape pode, em última análise, oferecer maior desempenho, mas a SES pode chegar ao mercado um pouco antes, com uma melhoria moderada na tecnologia de baterias.
Toyota: Entre as montadoras, a Toyota tem sido uma das mais agressivas em P&D de baterias de estado sólido. A Toyota trabalha notoriamente em baterias de estado sólido há mais de uma década e até construiu veículos protótipos (por exemplo, um carro conceito apresentado com uma bateria de estado sólido para as Olimpíadas de 2020, embora com vida útil de ciclo muito limitada). Em 2023, a Toyota anunciou novos avanços em química de estado sólido e um plano para introduzir baterias de estado sólido em veículos Toyota/Lexus até 2027-2028, com a ambição de um carro elétrico com alcance de 1.200 km e recarga em 10 minutos no longo prazo arenaev.com. A abordagem da Toyota utiliza um eletrólito de sulfeto e ela fez parceria com a Panasonic em uma joint venture (Prime Planet Energy) para desenvolver e eventualmente produzir as células. Embora o progresso exato da Toyota seja mantido em sigilo, a empresa estabeleceu metas de produzir em massa baterias de estado sólido até 2030 e atualmente está construindo linhas de produção piloto no Japão cbtnews.comcbtnews.com. Os vastos recursos da Toyota (ela reservou mais de US$ 13 bilhões para o desenvolvimento de baterias) e sua experiência em manufatura a tornam uma concorrente formidável. Por outro lado, sendo uma montadora, a Toyota pode inicialmente usar baterias de estado sólido apenas em seus próprios veículos, ao invés de vender baterias para terceiros, o que significa que a QuantumScape ainda pode atender o restante do mercado. Vale ressaltar que os primeiros protótipos da Toyota, segundo relatos, sofriam com vida útil curta; a empresa afirma ter encontrado soluções para melhorar a durabilidade a partir de 2023. O cronograma da Toyota sugere que ela está alguns anos atrás da QuantumScape na comercialização (a Toyota planeja veículos de consumo após 2027), mas nenhuma discussão sobre líderes em baterias de estado sólido está completa sem mencionar a Toyota.
CATL: A Contemporary Amperex Technology Co. Ltd. (CATL) da China, maior fabricante de baterias para veículos elétricos do mundo, também está investindo em tecnologias de próxima geração, incluindo baterias de estado sólido ou “semi-sólidas”. Em 2023, a CATL revelou uma bateria de “matéria condensada” com uma densidade energética de aproximadamente 500 Wh/kg, que muitos analistas acreditam ser uma bateria de lítio-metal semi-sólida (mistura de gel ou eletrólito sólido). A CATL pretende iniciar a produção em massa desta célula avançada por volta de 2025, visando aplicações aeroespaciais e veículos elétricos premium arenaev.com. A CATL possui enorme capacidade de fabricação e P&D, podendo rapidamente escalar qualquer avanço em estado sólido para sua vasta base de clientes (que inclui Tesla, VW na China, etc.). No entanto, até meados de 2025, os produtos anunciados publicamente pela CATL (como a bateria Qilin) ainda são células de eletrólito líquido. A empresa provavelmente está explorando sistemas de estado sólido à base de óxido e sulfeto em sua linha de pesquisa. Para a QuantumScape, a CATL representa uma ameaça competitiva tanto em tecnologia quanto em capacidade produtiva – se a CATL alcançar uma bateria de estado sólido próxima ao desempenho da QS, pode superar outras empresas na fabricação. A análise da AInvest ressalta que “concorrentes como Toyota, CATL e Samsung SDI estão se aproximando de avanços em estado sólido”, destacando que a QuantumScape não pode se acomodar ainvest.comainvest.com.
Outros concorrentes notáveis: A Samsung SDI (Coreia) possui um programa de baterias de estado sólido e demonstrou uma célula pouch multicamadas em 2021, visando a comercialização após 2025. A LG Energy Solution também está pesquisando baterias de estado sólido, embora seu foco no curto prazo esteja mais em aprimorar as baterias de íon de lítio. BMW (em parceria com a Solid Power) e Ford estão indiretamente na disputa por meio de investimentos. A Mercedes-Benz investiu em uma startup de Massachusetts chamada Factorial Energy, que está desenvolvendo um eletrólito sólido híbrido de polímero/cerâmica – Mercedes e Stellantis planejam testar as células da Factorial nos próximos anos. A Hyundai também investe na SES e Factorial. A Honda tem um projeto conjunto com a SES. Panasonic e Honda também fazem parceria com a startup americana Ilika para células de estado sólido menores. A ProLogium, empresa taiwanesa, está construindo uma fábrica na Europa até 2026 para fornecer baterias de eletrólito cerâmico em estado sólido à VinFast e, possivelmente, a outros fabricantes de automóveis (também possui parceria com a Mercedes). E, na China, startups como QingTao e WeLion estão desenvolvendo baterias semi-sólidas (a bateria semi-sólida da WeLion está prevista para o carro elétrico de luxo da Nio em 2024). Cada concorrente tem uma química ou abordagem ligeiramente diferente (óxido vs. sulfeto vs. eletrólitos poliméricos, sem ânodo vs. lítio-metal sobre cobre, etc.), mas todos estão tentando resolver os desafios restantes e chegar ao mercado nos próximos 2 a 5 anos.
Tendências e Desafios da Indústria: Apesar da variedade de participantes, o setor converge em alguns desafios comuns para as baterias de estado sólido:
Escalabilidade e Rendimento: Uma coisa é fabricar algumas boas células no laboratório; outra é produzi-las em massa de forma confiável. As células de estado sólido exigem pureza e precisão extremamente altas (especialmente para separadores cerâmicos que devem ser finos e livres de defeitos). Os processos de fabricação estão sendo criados do zero. O processo Cobra da QuantumScape é um exemplo de inovação no lado da produção para aumentar o rendimento e a produtividade quantumscape.comquantumscape.com. Os concorrentes enfrentam desafios semelhantes – a Solid Power, por exemplo, está desenvolvendo a produção de eletrólitos sulfidíricos em rolo a rolo; a Toyota está construindo novas linhas de montagem para baterias de estado sólido. Alcançar alto rendimento (baixa taxa de defeitos) é fundamental para o custo e a viabilidade. Qualquer atraso na escalabilidade – por exemplo, se o processo Cobra da QuantumScape enfrentar obstáculos imprevistos – pode comprometer os prazos e abrir espaço para os rivais ainvest.comainvest.com. Todos os participantes precisam provar que podem passar de produzir talvez centenas de células por mês para milhares por dia com qualidade consistente.
Materiais e Cadeia de Suprimentos: As baterias de estado sólido introduzem novos materiais (eletrolitos cerâmicos, folha de lítio metálico ou precursores, etc.) que ainda não são produzidos em larga escala. Garantir um fornecimento confiável desses materiais é um desafio para toda a indústria. A cerâmica da QuantumScape provavelmente é um óxido ou oxinitreto que requer matérias-primas específicas e processamento de pó – daí a parceria com a Murata para a obtenção de cerâmicas quantumscape.comquantumscape.com. Da mesma forma, a parceria da Toyota com a Idemitsu para produtos químicos de eletrólitos de sulfeto, e a parceria da ProLogium com a Solvay, são exemplos de garantir apoio à cadeia de suprimentos electrek.co. Há também considerações sobre minerais críticos: as células de estado sólido ainda precisam de lítio (potencialmente mais, se usarem ânodos de lítio metálico) e cátodos com alto teor de níquel para alta energia. Fatores geopolíticos, como as tensões comerciais entre os EUA e a China e políticas que promovem a produção local de baterias para veículos elétricos, podem impactar onde as baterias de estado sólido são produzidas e quais empresas ganham vantagem ainvest.comainvest.com. A QuantumScape, como uma empresa dos EUA com parceiros globais, acredita que seu modelo é resiliente a questões comerciais ao possibilitar a produção regional via parceiros s29.q4cdn.coms29.q4cdn.com. Ainda assim, o acesso a materiais (lítio, níquel, precursores cerâmicos) e equipamentos de fabricação é um campo de batalha fundamental.
Custo e Economias de Escala: Inicialmente, as baterias de estado sólido serão mais caras para produzir do que as baterias de íon-lítio de hoje. Elas utilizam materiais e processos inovadores que ainda não foram otimizados. Um dos principais objetivos da indústria é alcançar a paridade de custo (ou melhor) com as baterias de íon-lítio, frequentemente citada como cerca de US$ 100 por kWh no nível do pack. A QuantumScape declarou que seu objetivo é, eventualmente, ficar abaixo de US$ 100/kWh no nível da célula para ampla adoção de veículos elétricos ainvest.comainvest.com. A Toyota tem uma meta semelhante de atingir cerca de US$ 100/kWh até 2027 para seus packs de estado sólido ainvest.com. Para atingir esse objetivo, será necessário produção em grande escala e melhorias no design das células (por exemplo, menos etapas de empilhamento, cátodos mais baratos, etc.). As primeiras baterias de estado sólido provavelmente aparecerão em produtos de alto padrão (modelos topo de linha de veículos elétricos ou eletrônicos premium) onde o custo é menos sensível. No período de 2025 a 2030, ampliar as fábricas (com diversas GWh de capacidade) será fundamental para reduzir os custos conforme a curva de aprendizado. Nesse contexto, incentivos de políticas públicas como o Inflation Reduction Act dos EUA (com créditos de produção para baterias) ou subsídios europeus para baterias podem ajudar empresas como a QuantumScape a financiar a expansão e incentivar montadoras a adotar a produção local de baterias de estado sólido.
Regulamentação e Segurança: Uma vantagem das baterias de estado sólido é a maior facilidade de conformidade com regulamentos de transporte relacionados à segurança. Por exemplo, as células da QuantumScape passaram nos rigorosos testes de segurança UN 38.3 exigidos para envio, de acordo com analistas da ainvest.comainvest.com. A ausência de eletrólito líquido volátil simplifica o atendimento aos padrões de segurança tanto para transporte quanto para uso veicular. Essa é uma tendência positiva para todo o setor, já que os órgãos reguladores de segurança (e os consumidores) estão cada vez mais preocupados após incêndios de baterias de veículos elétricos de grande repercussão. Além disso, muitos governos estabeleceram prazos para eliminar veículos de combustão interna (por exemplo, a proibição da UE em 2035 para vendas de carros movidos a gasolina), o que representa uma vantagem para todos os fabricantes de baterias para veículos elétricos. Quaisquer políticas de apoio específicas para baterias de próxima geração – como financiamento de P&D ou subsídios para manufatura – impulsionariam ainda mais o desenvolvimento. O Departamento de Energia dos EUA já concedeu subsídios (por exemplo, a Solid Power recebeu cerca de US$ 5 milhões em subsídios do DOE investorplace.cominvestorplace.com), e o METI do Japão financiou consórcios de baterias de estado sólido. Essas iniciativas políticas ressaltam a importância estratégica da liderança em baterias e podem influenciar quais empresas liderarão até 2030.
Em resumo, a QuantumScape atua em um campo concorrido, mas repleto de oportunidades. Ela detém uma posição pioneira na inovação de baterias de estado sólido, mas precisa continuar executando perfeitamente para se manter à frente de concorrentes bem financiados do Vale do Silício a Tóquio e Shenzhen. Os otimistas apontam que a vantagem inicial da QuantumScape – sendo a primeira a produzir protótipos com 24 camadas e garantindo a parceria com a VW – lhe dá uma vantagem significativa se conseguir cumprir seu cronograma ainvest.comainvest.com. Os pessimistas, por sua vez, argumentam que gigantes como Toyota ou CATL podem rapidamente anular essa liderança e que obstáculos técnicos imprevistos ainda podem surgir. Os próximos 1 a 2 anos (até 2026) serão decisivos para saber se a QuantumScape conseguirá manter sua vantagem tecnológica e transformá-la em um produto comercial antes que os outros alcancem.
Desempenho Financeiro e Análise de Ações
A QuantumScape permanece em uma fase pré-receita em meados de 2025, sem vendas comerciais de produtos até o momento. Portanto, a saúde financeira da empresa é medida por suas reservas de caixa e gastos em relação aos marcos de desenvolvimento. No 1º trimestre de 2025, a QuantumScape registrou um prejuízo líquido de $114,4 milhões (GAAP) s29.q4cdn.com, em linha com as expectativas, já que a empresa continua a investir fortemente em P&D e produção piloto. As despesas operacionais (incluindo P&D) foram de cerca de $124 milhões no trimestre s29.q4cdn.com. O consumo de caixa da empresa (no nível do EBITDA) foi de aproximadamente $65 milhões no 1º trimestre de 2025, e a QuantumScape orientou que sua perda de EBITDA ajustada para o ano de 2025 seria de $250–280 milhõess29.q4cdn.coms29.q4cdn.com. Os investimentos em capital permanecem relativamente modestos – apenas $5,8 milhões no 1º trimestre de 2025, com capex anual esperado entre $45–75 milhões s29.q4cdn.coms29.q4cdn.com – refletindo que a empresa não está construindo grandes fábricas por conta própria, mas sim investindo em equipamentos de laboratório e piloto (com parceiros cuidando dos investimentos em escala giga).
Crucialmente, a QuantumScape entrou em 2025 com uma forte posição de liquidez. Ela encerrou o primeiro trimestre de 2025 com US$ 860,3 milhões em caixa e investimentos de curto prazo disponíveis s29.q4cdn.com. A empresa estima que esse caixa é suficiente até o segundo semestre de 2028 com sua taxa de queima planejada atual s29.q4cdn.com. Esse fôlego financeiro de vários anos é uma vantagem importante, já que muitos concorrentes de baterias em estágio inicial têm muito menos margem de manobra. A liquidez da QuantumScape foi reforçada pelas contribuições de parceiros estratégicos – especialmente, um pagamento antecipado de US$ 130 milhões da PowerCo da VW no final de 2024, feito como parte do acordo de licenciamento/industrialização ainvest.com. (Esse pagamento antecipado está condicionado ao atingimento de certos marcos técnicos pela QuantumScape, funcionando, na prática, como financiamento e incentivo ao mesmo tempo ainvest.com.) A estrutura do acordo forneceu à QuantumScape capital não dilutivo para continuar o desenvolvimento. Até o primeiro trimestre de 2025, a empresa possuía dívida mínima (por volta de US$ 91 milhões em dívida de longo prazo) reddit.com, então o balanço segue sustentado majoritariamente por capital próprio.
Diante da ausência de receita de produto para analisar, os investidores concentram-se na queima de caixa em relação ao caixa disponível e se a QuantumScape precisará levantar capital adicional antes que sua tecnologia gere fluxo de caixa. Segundo a própria orientação da QuantumScape, se mantiver o plano, não deverá precisar captar recursos até 2028 – presumivelmente, quando a produção comercial já estaria em andamento. Entretanto, qualquer aceleração nos gastos (por exemplo, financiar parte de uma fábrica, ou uma expansão mais lenta exigindo mais P&D) pode alterar esse cronograma. A empresa também pode, de forma oportunista, levantar fundos caso as condições de mercado sejam favoráveis (por exemplo, se o preço da ação disparar após boas notícias, podem realizar uma oferta secundária, como já ocorreu no passado). Em meados de 2025, a administração afirmou que quaisquer recursos adicionais provenientes de acordos com clientes ou do mercado de capitais apenas ampliariam ainda mais o fôlego financeiros29.q4cdn.com.
Desempenho das Ações: As ações da QuantumScape (NYSE: QS) passaram por uma trajetória volátil desde sua estreia no final de 2020. Após o entusiasmo inicial levar os papéis acima de US$ 100, uma correção ocorreu entre 2021 e 2022, à medida que os investidores perceberam que a receita ainda estava distante e a concorrência aumentava. A ação caiu ao longo de 2021–2022 e foi ainda mais impactada pela queda geral dos setores de tecnologia/baterias em 2022. Em 2023, QS geralmente foi negociada na faixa de um dígito médio (entre US$ 5–10), refletindo um sentimento cauteloso. No início de abril de 2025, o papel atingiu sua mínima histórica em torno de US$ 3,40, em meio ao pessimismo de mercado e, talvez, vendas para compensação de prejuízos fiscais tradingview.com. No entanto, o momentum mudou no segundo trimestre de 2025 com avanços concretos da QuantumScape (por exemplo, o acordo com a Murata em abril, seguido pela conquista do processo Cobra em junho). A partir das mínimas, a ação mais que dobrou até o final de junho de 2025. De fato, QS saltou cerca de 35% em um único dia, em 26 de junho de 2025, após o anúncio do marco Cobra, quando os investidores reagiram ao avanço em escala (o volume de negociação disparou e a ação fechou entre US$ 7–8) ir.quantumscape.commorningstar.com. Esse tipo de oscilação não é incomum para a QuantumScape – a ação é conhecida por ser altamente especulativa e sensível a notícias. Ela possui um beta de ~4, indicando volatilidade extrema (o preço das ações se move, em média, quatro vezes mais que o mercado geral) ainvest.comainvest.com.
A um preço de ação de aproximadamente US$ 7,50 em meados de 2025, a capitalização de mercado da QuantumScape é de cerca de US$ 3–4 bilhões (com mais de 500 milhões de ações em circulação s29.q4cdn.com). Essa avaliação já leva em conta um sucesso futuro significativo – pois a empresa atualmente não possui basicamente nenhuma receita. Uma forma de medir isso é pela relação preço/vendas (P/V): como as vendas estão em torno de US$ 0, o P/V convencional não é significativo, mas estimativas futuras podem ser inferidas. Analistas da Morningstar/MarketWatch destacaram que a QS tem sido negociada a dezenas de vezes seu potencial de vendas futuras, ressaltando que a ação já precifica o crescimento antecipado. De fato, como observou a AInvest, nos níveis atuais a QS tem um “P/V de 44× mesmo sem receita” – um lembrete de que os fundamentos de curto prazo oferecem pouco suporte para quedas ainvest.comainvest.com. Isso significa que, se a QuantumScape falhar na execução ou se o sentimento do mercado se deteriorar, a ação pode recuar rapidamente (como já aconteceu antes). Por outro lado, cada marco técnico ou de parceria (por exemplo, entrega de amostras B, assinatura de outro OEM) pode impulsionar ralis especulativos.
Apesar das grandes perdas, a posição de caixa e baixa dívida da QuantumScape lhe dão um colchão que muitos startups não possuem.A estratégia financeira da empresa parece ser: gastar o necessário para atingir marcos técnicos críticos, mas fazer parcerias para dividir o grande esforço da fabricação.Isso é evidenciado pelos planos de capex relativamente moderados e pela disposição para colaborar com empresas como a VW e a Murata para a ampliação da produção.Se tudo correr bem, a QuantumScape poderá começar a ver receitas iniciais em alguns anos – possivelmente pequenos valores de receita provenientes da entrega de células de amostra B ou de pagamentos adicionais de licenças.Receita significativa (de dezenas ou centenas de milhões) provavelmente não chegará até 2026-2027 quando os testes de campo forem concluídos e as montadoras se prepararem para a produção.
Cobertura dos Analistas: A visão de Wall Street sobre a QuantumScape está fortemente dividida. Alguns analistas otimistas argumentam que a vantagem de pioneirismo da QuantumScape em uma tecnologia potencialmente transformadora justifica uma compra especulativa. Eles destacam que a QS superou obstáculos técnicos importantes (densidade energética, vida útil do ciclo) que muitos duvidavam, e que seu caixa de guerra de US$ 860 milhões lhes dá margem para chegar à comercialização ainvest.comainvest.com. Os otimistas também apontam para a enorme demanda caso a QS tenha sucesso – com montadoras de veículos elétricos no mundo todo precisando de baterias de estado sólido, acordos de licenciamento poderiam trazer pagamentos antecipados substanciais e fluxos de royalties de longo prazo ainvest.com. As projeções de preço pelo lado otimista têm girado em torno de US$ 8 a US$ 10 (por exemplo, alguns analistas e colaboradores do InvestorPlace sugeriram que a ação poderia chegar perto de US$ 10 com testes de campo bem-sucedidos) ainvest.comainvest.com. Em contraste, analistas pessimistas focam no longo prazo e nos riscos de execução. Empresas como Morgan Stanley e Goldman Sachs emitiram recomendações de “Underweight/Venda”; a Morgan Stanley, em janeiro de 2025, reduziu seu preço-alvo para US$ 3,00 como mencionado, sugerindo essencialmente que a ação poderia cair pela metade em relação ao nível da época marketscreener.com. Os pessimistas observam que nenhuma receita significativa é esperada antes de 2027 na melhor das hipóteses ainvest.com, e que mesmo então, a QuantumScape ainda pode estar em produção limitada, o que significa que a lucratividade pode demorar muitos anos (se acontecer). Eles também se preocupam com diluição – se a QS precisar levantar dinheiro novamente em um ano ou dois, os atuais acionistas podem ser diluídos (a QuantumScape aumentou ao longo do tempo a quantidade de ações em circulação por meio de emissões de ações e concessões de ações a funcionários). O interesse vendido nas ações da QS tem sido frequentemente alto, indicando que alguns investidores apostam contra a empresa alcançar seus altos objetivos a tempo.
Principais Indicadores Financeiros (1T 2025):
Os investidores devem estar cientes de que, mesmo com o aumento das receitas no futuro, a lucratividade da QuantumScape vai demorar; é necessário investir em expansão, suporte ao cliente e desenvolvimento de novas gerações. O ponto de equilíbrio é difícil de prever, mas certamente não ocorrerá antes de 2028 ou mais tarde, supondo que serão necessários alguns gigawatt-horas em royalties de produção ou vendas de produtos para cobrir os custos. Dito isso, se a tecnologia da QuantumScape se mostrar única e bem-sucedida, o potencial de valorização pode ser enorme, dado o tamanho do mercado de veículos elétricos – é por isso que a ação continua despertando interesse especulativo. Como resumiu um analista, “As ações da QuantumScape representam um investimento de alto risco e alta recompensa em uma tecnologia potencialmente transformadora”ainvest.comainvest.com. A abordagem financeira é basicamente de capital de risco: uma aposta de que o investimento atual em P&D abrirá caminho para uma posição dominante no mercado e fluxos de caixa no futuro.
Comentários de Analistas e Executivos
Especialistas do setor e executivos da empresa ofereceram percepções que contextualizam o progresso e os desafios da QuantumScape:
Perspectiva da Volkswagen: O Grupo Volkswagen, por meio de sua subsidiária PowerCo, tem estado profundamente envolvido com a QuantumScape e demonstra confiança na empresa. “Estamos colaborando e testando células protótipo da QuantumScape há anos e estamos ansiosos para levar essa tecnologia do futuro à produção em série,” disse Frank Blome, CEO da PowerCo volkswagen-group.com. A validação pela VW de que as células da QuantumScape atingem ou superam os objetivos nos testes forbes.com foi fundamental para consolidar a parceria de 2024. Thomas Schmall, diretor de tecnologia da VW, destacou a importância estratégica: “Veículos elétricos são o futuro… este acordo garantirá que a frota global [da VW] tenha acesso a esta tecnologia de bateria inovadora por muitos anos”, ressaltando o compromisso da VW com baterias de estado sólido via QuantumScape volkswagen-group.comvolkswagen-group.com.
Gestão da QuantumScape: O CEO Dr. Siva Sivaram destacou a importância da iteração rápida e do feedback dos clientes. Ao iniciar os envios dos protótipos Alpha-2 em 2024, Sivaram afirmou, “O feedback dos clientes é o insumo mais crítico no ciclo de desenvolvimento de produto… Quanto mais rápido conseguirmos colocar novas iterações do produto nas mãos dos clientes, mais rápido chegaremos à produção.”electrek.coelectrek.co Isso reflete a estratégia da QuantumScape de envolver de perto os parceiros OEM nos testes para que quaisquer problemas possam ser identificados e solucionados rapidamente. O cofundador e CTO Dr. Tim Holme frequentemente fala sobre o progresso técnico. Sobre os protótipos Alpha-2 aprimorados, Holme disse, “As melhorias nas densidades de energia e potência demonstradas pelos protótipos Alpha-2 indicam que o QSE-5 pode expandir os limites do desempenho das baterias de estado sólido. Continuamos a avançar nossa bateria de estado sólido sem ânodo em desempenho e maturidade com execução metódica de nossos marcos.”electrek.coelectrek.co. Esse comentário transmite tanto confiança no potencial da tecnologia quanto a consciência de que é necessário um desenvolvimento disciplinado e passo a passo para realizá-lo.
Analistas do Setor: As opiniões são mistas, como mencionado. Analistas otimistas argumentam que a QuantumScape está à beira de um grande avanço. Uma análise descreveu o processo Cobra da QuantumScape como potencialmente o “momento iPhone” para as baterias de veículos elétricos – uma inovação disruptiva que pode redefinir o setor se for escalada com sucesso ainvest.comainvest.com. Eles destacam que a vantagem de pioneiro em tecnologia de estado sólido, combinada com um mercado enorme, pode se traduzir em grandes recompensas para a QuantumScape ainvest.comainvest.com. Como evidência de credibilidade, os otimistas citam a certificação de segurança UN 38.3 conquistada pelas células da QuantumScape e a eliminação do grafite (reduzindo a dependência da cadeia de suprimentos da China) como fatores de redução de risco que acrescentam credibilidade “no mundo real” às baterias da QS ainvest.comainvest.com. Por outro lado, vozes cautelosas como a Morningstar alertaram que a recente alta das ações pode estar exagerada em relação ao longo prazo. Uma matéria da MarketWatch (via Morningstar) observou “As ações da QuantumScape estão em alta em 2025, mas cuidado comprador”, citando um analista que basicamente disse que, embora o progresso tecnológico seja encorajador, a empresa ainda está a anos de gerar receita e inúmeros desafios (técnicos ou competitivos) podem surgir nesse meio tempo morningstar.com.
Perspectiva Competitiva: Curiosamente, alguns analistas começaram a comparar abordagens. Por exemplo, um relatório da Seeking Alpha contrastou QuantumScape e Solid Power, destacando “A QuantumScape espera produção comercial a partir de 2025, contra 2026 para a Solid Power”, mas reconhecendo que ambos os cronogramas são ambiciosos e sujeitos a alterações seekingalpha.com. Isso sugere que a QS está um pouco à frente, mas também que ambas as empresas enfrentam alto risco de execução. Outro analista foi citado dizendo que a QuantumScape “parece mais propensa a ter sucesso do que nunca, e o cronograma não é mais tão longo assim”, referindo-se ao progresso previsto para meados de 2025, mas alertando que os investidores precisam permanecer pacientes por mais alguns anos (isso em uma discussão do Motley Fool) vocal.mediafool.com. O sentimento revela o equilíbrio entre empolgação – de que as baterias de estado sólido estão mais próximas do que nunca – e a realidade de que 2025 será o início dos protótipos, não da produção em massa.
Em resumo, os comentários da indústria reconhecem a QuantumScape como líder na corrida pelas baterias de estado sólido, contando com grandes apoios de parceiros como a VW. Executivos da QuantumScape enfatizam o progresso metódico e parecem bastante conscientes do trabalho que ainda falta realizar. Os analistas se dividem – alguns enxergam um potencial vencedor de categoria com enorme retorno, enquanto outros veem uma aposta de longo prazo repleta de riscos. Essa divergência de opiniões é típica de uma empresa de tecnologia disruptiva que já provou a viabilidade científica, mas ainda não a viabilidade comercial.
Perspectiva Futura e Conclusão
À medida que a QuantumScape entra na segunda metade de 2025, o foco está mudando de provar a ciência para executar em engenharia e manufatura. Os próximos 12 a 24 meses serão cruciais. O roteiro da QuantumScape prevê a entrega de baterias B-sample (“QSE-5 B1”) em 2025, que passarão por testes de campo em veículos reais em 2026 (inicialmente com a PowerCo da Volkswagen) ainvest.coms29.q4cdn.com. Se esses testes demonstrarem as vantagens prometidas – alta densidade energética, carregamento rápido, longa vida útil e segurança – isso marcaria a primeira validação real de baterias de estado sólido em um ambiente automotivo. A Volkswagen indicou que planeja colocar as células da QuantumScape em uma frota piloto ou em um modelo de produção limitada, assim que forem comprovadas, potencialmente já em 2026–2027 ainvest.com. Isso sugere que a comercialização (início da produção) pode ocorrer por volta de 2027 para o primeiro modelo de veículo elétrico de estado sólido da Volkswagen, com o aumento do volume previsto para 2028. Na verdade, a primeira linha de gigafábrica de estado sólido da PowerCo (sob licença da QS) está mirando produção já em 2028, com capacidade de 40 GWh, podendo expandir para 80 GWh posteriormente volkswagen-group.combatterytechonline.com.
Para a QuantumScape, o cronograma de comercialização da tecnologia parece mais ou menos o seguinte: concluir os testes da amostra B em 2026 → entrar na qualificação da amostra C em 2027 (projeto final para produção, certificações regulatórias, etc.) → iniciar a produção em massa até 2028. Esse cronograma está alinhado com o que muitos fabricantes de automóveis (Toyota, GM, BMW, etc.) também estão planejando para seus programas de estado sólido (início da produção no final dos anos 2020). Vale notar que alguns concorrentes pretendem se adiantar: SES e ProLogium sugeriram produção comercial em pequena escala em 2025–26, e a Toyota espera lançar uma bateria híbrida de estado sólido limitada antes de 2027. No entanto, esses podem ser passos intermediários; uma ampla introdução do estado sólido no setor automotivo geralmente é esperada para 2028-2030, o que está de acordo com o plano da QuantumScape. Uma análise previu que, se a QuantumScape “conseguir comercializar com sucesso o QSC5 até 2026, poderá dominar o mercado de baterias automotivas” nos anos subsequentes ainvest.com – esse é o prêmio que a QuantumScape está de olho. Conseguir alguns anos de vantagem em relação aos concorrentes pode permitir à empresa garantir grandes clientes e coletar royalties de licenciamento como padrão da indústria.
O potencial de crescimento para a QuantumScape é enorme, se tudo correr bem. Como um cenário aproximado: até 2030, se o mercado de baterias para veículos elétricos for em torno de US$ 200 bilhões por ano, e digamos que 10% dos novos EVs usem baterias de estado sólido até lá, isso significa uma fatia de mercado de US$ 20 bilhões. Se a tecnologia da QuantumScape impulsionar até um quarto desses casos (por meio de licenças ou vendas diretas), a empresa poderia faturar muitos bilhões em receita (incluindo royalties) com altas margens, dado o valor agregado de sua propriedade intelectual. Além disso, as baterias de estado sólido podem expandir o mercado endereçável – possibilitando novas aplicações como aeronaves elétricas ou armazenamento de rede de longa duração, com as quais o lítio-íon atual tem dificuldades. As células da QuantumScape, por exemplo, poderiam ser usadas inicialmente em modelos de EV de luxo (onde o custo não é uma barreira), e depois chegar aos modelos populares. O outro lado é que essas projeções otimistas dependem de uma execução quase perfeita e da adoção externa. Os riscos permanecem significativos:
Risco tecnológico: Podem surgir problemas ao ampliar a produção do separador ou das camadas da célula. Por exemplo, garantir que cada uma das 24 camadas de uma célula funcione de forma uniforme não é trivial. Um fracasso em atingir as metas de desempenho ou durabilidade em testes do mundo real seria um grande revés. A QuantumScape também deve melhorar continuamente o custo e o rendimento (o processo Cobra precisa entregar os ganhos de eficiência esperados). Qualquer contratempo – por exemplo, o Cobra não atingindo as metas de rendimento, ou dificuldades para integrar as células nos sistemas de packs – pode atrasar a comercialização. Como os analistas observaram, “aumentar a produtividade do Cobra sem comprometer o rendimento é inegociável”ainvest.comainvest.com para o sucesso da QuantumScape.
Risco Competitivo: O cenário competitivo só tende a se intensificar. Quando as células da QuantumScape estiverem entrando em produção, concorrentes como Solid Power, Toyota, CATL, Samsung e SES também poderão estar no mercado (ou muito próximos disso). Existe o risco de uma tecnologia alternativa se mostrar igual ou superior – por exemplo, um eletrólito sólido diferente que seja mais fácil de fabricar, ou uma abordagem híbrida que atinja desempenho semelhante com menos dificuldades de fabricação. A vantagem da QuantumScape é sua vantagem inicial e credibilidade nos dados, mas ela precisará manter a liderança em desempenho (por exemplo, densidade de energia, vida útil dos ciclos) para justificar seu prêmio. Se um concorrente fechar contrato com vários OEMs ou demonstrar uma bateria de estado sólido sem o envolvimento da QuantumScape, a QS poderá perder participação de mercado. A execução dos concorrentes é um fator fora do controle da QS – por exemplo, se a Toyota avançar repentinamente até 2026 com uma célula pronta para produção, isso diminuiria o ganho extraordinário da QuantumScape. No entanto, o campo é amplo e mais de um vencedor pode existir, dado o quão grande é a demanda por veículos elétricos. A QuantumScape está se posicionando para licenciar de forma ampla, potencialmente até mesmo para empresas que competem com a VW (a licença da VW não é exclusiva, o que significa que a QS pode trabalhar com outras).
Risco Financeiro e de Mercado: Embora a QuantumScape esteja bem financiada por enquanto, a comercialização total pode exigir capital adicional ou parcerias. Se as despesas aumentarem (talvez para apoiar um segundo programa de parceiros ou para construir uma pequena produção interna para mercados não automotivos), a QuantumScape poderá precisar captar recursos. Dependendo das condições de mercado, isso pode diluir os acionistas. Por outro lado, fatores macroeconômicos (taxas de juros, preços de commodities, etc.) podem influenciar o ritmo de adoção dos EVs e dos investimentos em baterias. Uma queda nas vendas de veículos elétricos ou uma restrição no financiamento de risco pode desacelerar o progresso da QuantumScape ou tornar os investidores menos pacientes. Até agora, o desenvolvimento de baterias tem recebido forte apoio governamental e corporativo, o que provavelmente continuará devido às metas climáticas, mas é um fator a ser observado.
Apesar desses desafios, a perspectiva geral para a QuantumScape é cautelosamente otimista. A empresa tem cumprido consistentemente os marcos técnicos que estabeleceu (camada única, multicamadas, envio de protótipos, aprimoramento de processos de fabricação), o que dá credibilidade à sua trajetória. Conquistou parceiros e talentos de alto nível, e ainda mantém uma posição de liderança em um campo notoriamente difícil de ser desbravado. Se a QuantumScape conseguir entregar seus protótipos B no prazo e demonstrá-los em veículos até 2026, isso reduzirá muito os riscos e poderá posicionar a empresa como fornecedora ou licenciadora de destaque justamente quando a era do estado sólido estiver surgindo. Por outro lado, qualquer atraso significativo (por exemplo, testes de campo ficando para 2027 ou além) pode abalar a confiança e permitir que outros alcancem.
Do ponto de vista da indústria, 2025–2030 provavelmente verá as primeiras baterias de estado sólido comerciais entrando em EVs de alto padrão e, em seguida, melhorando rapidamente. Isso é análogo ao que aconteceu com as baterias de íon-lítio, inicialmente caras e de nicho nos anos 1990, antes de dominarem eletrônicos e agora veículos. A tecnologia de estado sólido promete elevar o desempenho dos EVs a um novo patamar – por exemplo, EVs acessíveis com autonomia acima de 800 km, recargas completas em 10 minutos e praticamente risco zero de incêndio. Isso, por sua vez, pode acelerar a adoção dos EVs, já que aborda as preocupações restantes dos consumidores sobre autonomia e recarga, e simplifica a engenharia dos pacotes de baterias (sem necessidade de sistemas de resfriamento para evitar fuga térmica, etc.).
Para a indústria de baterias de estado sólido em geral, as implicações são profundas. Isso pode abalar a atual cadeia de suprimentos de íons de lítio, reduzindo a dependência de materiais como grafite e solventes de eletrólito líquido (mas aumentando a demanda por lítio e cátodos de alto teor de níquel, pelo menos até que surjam alternativas). Também pode alterar a ordem competitiva: novos vencedores como QuantumScape ou Solid Power podem ganhar espaço à custa dos fabricantes de baterias tradicionais caso não se adaptem. No entanto, muitos desses incumbentes também estão investindo em baterias de estado sólido, portanto podemos ver uma convergência ou aquisições (por exemplo, pode-se imaginar uma grande empresa de baterias licenciando a tecnologia da QuantumScape em vez de reinventá-la).
Em conclusão, a QuantumScape em meados de 2025 está em um ponto de inflexão – ela avançou além da pura pesquisa e desenvolvimento para o campo da engenharia de produto e de processos, com a comercialização no horizonte. As conquistas recentes da empresa, desde a integração do processo Cobra até parcerias com VW e Murata, construíram a credibilidade de que as baterias de estado sólido não são apenas ficção científica, mas uma realidade iminente. A capacidade da QuantumScape de manter seu ímpeto, cumprir seu cronograma ambicioso e navegar pelo ambiente competitivo determinará se ela poderá realmente revolucionar o armazenamento de energia. Se for bem-sucedida, as baterias de estado sólido da QuantumScape podem se tornar uma tecnologia fundamental para a próxima geração de veículos elétricos e além, assim como a célula de íons de lítio foi nos últimos 30 anos. Como a análise da AInvest resumiu bem: “A tecnologia de baterias de estado sólido da QuantumScape possui potencial transformador, mas a execução ainda não foi comprovada… A liquidez da empresa e suas parcerias lhe dão tempo, mas o caminho para a lucratividade está repleto de armadilhas técnicas, financeiras e competitivas”ainvest.comainvest.com. Os próximos anos revelarão se a QuantumScape conseguirá transformar sua vantagem inicial em domínio duradouro ou se será apenas uma entre diversos players na era do estado sólido. De qualquer forma, a busca pela “bateria do cálice sagrado” está bem encaminhada, e a QuantumScape se posicionou firmemente na vanguarda desta revolução elétrica.
Fontes:
Comunicado de imprensa da QuantumScape, “QuantumScape alcança grande marco: Processo do separador Cobra entra na produção de base,” 24 de junho de 2025 quantumscape.comquantumscape.com.
Comunicado de imprensa do Grupo Volkswagen, “PowerCo e QuantumScape anunciam acordo histórico para industrializar baterias de estado sólido,” 11 de julho de 2024 volkswagen-group.comvolkswagen-group.com.
AInvest News (gerado por IA), “Avanço do estado sólido da QuantumScape: pavimentando o caminho para a dominação dos VEs,” 26 de junho de 2025 ainvest.comainvest.com.
AInvest News, “QuantumScape: Surfando na onda do estado sólido ou andando em círculos em um mercado em baixa?” 10 de junho de 2025 ainvest.comainvest.com.
Electrek, “QuantumScape entrega protótipos Alpha-2 de estado sólido para montadoras de VEs, aproximando-se da comercialização,” 27 de março de 2024 electrek.coelectrek.co.
Investopedia, “Ações da QuantumScape disparam após acordo de bateria para VEs com a PowerCo da Volkswagen,” 11 de julho de 2024 investopedia.cominvestopedia.com.
Forbes (Great Speculations), “QuantumScape: O que está acontecendo com a ação QS?” 25 de jun de 2025 (trecho via Bing) forbes.com.
Seeking Alpha (trecho), “Solid Power vs. QuantumScape enquanto baterias de estado sólido estão prestes a …,” 2023 seekingalpha.com.
Morningstar/MarketWatch, “A ação da QuantumScape ainda está disparando, mas cuidado ao comprar,” jun 2025 morningstar.com.
Yahoo Finance, “Por que as ações da QuantumScape dispararam 35% hoje,” 26 de jun de 2025 morningstar.com.
Comunicado de imprensa da QuantumScape, “QuantumScape e Murata anunciam estrutura para colaboração em cerâmicas,” 23 de abr de 2025 quantumscape.comquantumscape.com.
Comunicado de imprensa da QuantumScape, “QuantumScape Inicia Entregas de Protótipos Alpha-2 para Clientes,” 27 de março de 2024 quantumscape.comquantumscape.com.
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